Azeitona-do-mato

Arbusto de indumento avermelhado, viloso-hirsuto. Ramos alternos, dilatados, com cicatrizes nos nós. Folhas compostas pentadigitadas ou ternadas. Folíolos oblongos ou elípticos, curtamente acuminados, peninérveos, reticulados, verdes por cima. Às vezes, glabros por baixo, sendo o mediano maior e com
pecíolo mais desenvolvido, os laterais são menores e curtamente pedicelados. Os maiores são tenros e, quando velhos, lisos por cima e na parte inferior com pelos longos. Flores geralmente hermafroditas. Inflorescência compacta, com brácteas lanceoladas, maiores as de cima e menores as de baixo. Cálices de 6 a 9 cm de comprimento, sésseis, ciatomorfos, com lacínias triangulares. Corola resistente, palidamente violácea, com o tubo amarelado por fora e inteiramente glabro, uniforme, lacínias agudas, tomentosas dos 2 lados, as superiores distintas e arqueadas, de limbo bilabiado, lábio superior curto, bífido e inferior saliente.
Lobo médio grande, orbicular, emarginado, lobos laterais elípticos, obtusos. Ovário tomentoso, estilete viloso na base, na parte superior bífido e pubescente. Fruto drupa, com cálice estrelado, glabro e em forma de cereja. Inicialmente pubescente, tornando-se glabro depois e de cor negro-azulado.
Parte Usada Folhas.
Formas Farmacêuticas Infuso, decocto, tintura ou extrato fluido.
Emprego Depurativo, antirreumático. Usar 3 folíolos maiores em 300 ml de água. Tomar uma xícara 2 a 3 vezes ao dia. O efeito in vitro do extrato rico em flavonoides da planta atuou contra o vírus de herpes simples tipo I resistente ao aciclovir.
Constituição Química Óleos essenciais sesquiterpenos (δ-cadineno e β-cariofileno), óleos essenciais monoterpenos (α-pineno, β-pineno) e flavonoides (nos frutos e nas folhas).

Família: Lamiaceae
Nome Científico: Vitex polygama Cham.
Sinonímia Vulgar: Maria-preta, maria-pretinha, tarumã, cinco-chagas.