Alfazema verdadeira

Planta herbácea, vivaz, de caule quadrangular, com 30 a 60 cm de altura. Quando cultivada pode atingir até 1 m de altura. Nativa da Europa e cultivada em vários países de clima temperado. Folhas opostas, oblongas, lanceoladas, estreitas, de bordas arredondadas na base, e tomentosas na face inferior. Flores violetas, brancas, pequenas, surgindo de junho a setembro, dispostas em espigas laxas na base, comprimidas na extremidade, longas, estreitas e terminais. Cada espiga tem na base uma bráctea romboidea, acuminada e cada flor é acompanhada de uma bráctea menor e estreita. Cálice e corola recobertos de pequenos pelos estrelados providos de glândulas oleíferas pequenas e luzidias, acontecendo o mesmo com as folhas e os pedúnculos. As glândulas são constituídas de uma célula basilar e uma extremidade arredondada contendo 4 células, dentro das quais a essência secretada acumula-se sob a cutícula da face superior, levantando-se em forma de vesícula. Androceu contendo 4 estames didínamos. Multiplica-se por semente ou estacas e raramente floresce em Minas Gerais. Lavandula spica L. distingue-se da anterior por ter folhas mais largas no ápice do caule que é mais ramificado e possuir odor mais intenso, porém menos agradável.
Partes Usadas Flores e sumidades floridas.
Formas Farmacêuticas Infuso, decocto, alcoolatura, cataplasma ou óleo.
Emprego Reumatismo, anúria, aperitivo, câimbras, sinusite e afecções do fígado e do baço, e asma. Usa-se o infuso de 3 a 5 g de flor seca em 1 xícara de água fervente, de 3 a 4 vezes ao dia. Decocto: 50 g de flores secas por litro de 4 a 6 xícaras das de café para a asma. Alcoolatura, cataplasma ou óleo. Externamente, é usado em loções estimulantes antissépticas e cicatrizantes.
Constituição Química 
Óleo essencial (cariofileno, pineno, cadineno, -ocimeno), álcoois (geraniol, furfurol, lavandulol e borneol, predominando o linalol) e seus ésteres como acetato de linalila, e ainda, cumarina (herniarina), ácidos (acético, propiônico, butírico, valérico, e caproico); taninos, saponinas ácidas e princípios
amargos.
Interações Medicamentosas e Associações A alfazema pode ser associada ao alecrim para auxiliar caso de depressão. Com a valeriana e o rabo-de-tatu para cefaleia. Sedativos do SNC (álcool, benzodiazepínicos, narcóticos) podem potencializar seus efeitos. Portanto, evitar o uso concomitante.
Contraindicação Seu uso excessivo interno deve ser evitado no início da gravidez devido ao efeito emenagogo. Para lactentes, pacientes em uso de agentes sedativos.
Toxicidade Reações colaterais: cefaleia, dermatite de contato, miose, constipação, euforia, embotamento e confusão mental, náuseas, depressão respiratória e do SNC, sonolência, vômitos (em altas doses, devido ao seu potencial de tipo narcótico). Cautela no uso interno do óleo essencial. É seguro usá-lo como tempero
e externamente o óleo, extrato e óleo-resina. Alergia às espécies da família.

Família: Lamiaceae (Labiatae)
Nome Científico: Lavandula angustifolia Mill.
Sinonímia Vulgar: Alfazema, lavanda, lavanda-inglesa.
Sinonímia Científica: Lavandula vera DC.; Lavandula officinalis Chaix.; Lavandula angustifolia Bulbani; Lavandula angustifolia Moench.; Lavandula spica Desf.; Lavandula spica L.