Planta cosmopolita, resistente até mesmo ao inverno da Europa. Seu caule atinge até 1 m de altura, sendo ramificado e guarnecido de folhas alternas, pecioladas, espessas, glabras, verdes, possuindo inúmeras bolsas de essência que são pequenos pontos claros e translúcidos, quando olhados contra a luz. Pela dissecação, estas folhas tornam-se cinzas. As flores são amarelas ou amarelo-esverdeadas, agrupadas em cimeiras terminais e apresentam 4 a 5 pétalas côncavas, em forma de concha e com as bordas denteadas. São sempre diplostêmones. Possuem sabor picante, mas ele é mascarado pelo cheiro forte, característico e desagradável. Fruto capsular, de 4 ou 5 lobos salientes e rugosos, abrindo-se em 4 ou 5 valvas. Semente rugosa e pardacenta. Multiplica-se por sementes, ponteiras ou folhas compostas em solos levemente alcalinos pobres e pedregosos.
Partes Usadas Planta florida, folhas ou toda a planta.
Formas Farmacêuticas Infuso, decocto, tintura, extrato fluido, pó, alcoolato, maceração ou colírio.
Emprego Abortivo, emenagogo, hemostático. O óleo é usado como estupefaciente. Externamente, é usado em fricções sob a forma de alcoolato. Toda a planta sob a forma de infuso, decocto, maceração ou colírio é usada como emenagoga, nas doenças cardíacas, nas otites e nas infecções oculares. É usada, externamente, para combater sarnas e piolhos. A rutina extraída da planta aumenta a resistência dos capilares sanguíneos evitando sua ruptura e é usada também na hipertensão. No entanto, seu uso interno é desaconselhável por se tratar de uma planta tóxica que pode causar hemorragia grave. A alcoolatura é usada a 10%.
Constituição Química Óleo essencial constituído de: metilnonil, metileptipilcetonas, dimetilnonilcarbinol, álcoois, éster, fenóis, compostos terpênicos. Alcaloides: arborinina, graveolina, graveolinina, e α-fagarina. Derivados furanocumarínicos: bergapteno, xantoxina, psoraleno, compostos flavônicos (rutina) e skimmianina.
Interações Medicamentosas e Associações A arruda pode ser associada ao alecrim como vulnerário.
Contraindicação Não deve ser usado na gravidez por ser emenagoga e abortiva devido aos efeitos estimulantes uterinos. Se usada em presença da luz solar (UV) pode causar fotodermatites. Na insuficiência renal, pela estimulação do trato gênito-urinário e por ser irritante renal em altas doses, hemorragias e doenças renais.
Pulso baixo, melancolia, espasmos musculares, distúrbios do sono e glossite. Na lactação e em crianças.
Toxicidade Internamente é muito tóxica, podendo causar congestão sanguínea e uma estimulação sobre as fibras musculares uterinas. Sua ação abortiva só ocorre em doses tóxicas e causam muitas vezes a morte. Dermatite de contato, desmaio, fadiga, hipotensão. As furanocumarinas da arruda não estão associadas com a hemorragia, como sugerido anteriormente em alguns trabalhos, porém com efeitos mutagênicos e fotossensibilizantes.
Família: Rutaceae
Nome Científico: Ruta graveolens L.
Sinonímia Vulgar: Arroda, arruda-dos-jardins, arruda-fedorenta, ruda.
Sinonímia Científica: Ruta hortensis Mill.