Artemísia

Planta perene, ereta, de caule avermelhado e sulcado, ligeiramente pubescente, de até 60 cm de altura, folhas de 2,5 a 5 cm de comprimento, de cor verde-escura na base e esbranquiçada ou tomentosa na página inferior. Pinadas ou bipinadas com folíolos denteados. Flores reunidas em pequenos capítulos oblongos ou ovoides, que possuem invólucro de brácteas imbricadas, lanceoladas, com receptáculo glabro. Flores femininas tubulosas e marginais e as andróginas centrais e afuniladas. Muito comum em Minas Gerais, em terrenos ricos em nitrogênio e terrenos baldios, embora alguns autores achem que, em Minas Gerais, a espécie encontrada é a Artemisia verlotorum; ela é usada como sucedânea da Artemisia vulgaris L.


Parte Usada 
Planta florida.
Formas Farmacêuticas 
Infuso, decocto, tintura ou extrato fluido.
Emprego 
Amargo, tônico, estomacal, estimulante, antiespasmódico, anti-helmíntico, emenagogo. Usado, ainda, como vermífugo, antimalárico, na blenorragia, como carminativo e nas convulsões infantis. O infuso e o decocto são usados a 3%, de 3 a 4 xícaras ao dia; e o extrato fluido, de 1 a 6 ml ao dia.
Constituição Química 
Artemisina, princípio amargo, tanino, resina e essência constituída principalmente de cineol, tuiona e diversos terpenos. 
Interações Medicamentosas e Associações 
Pode potencializar os efeitos dos anticoagulantes; evitar o uso concomitante.
Contraindicação 
Na gravidez, devido ao efeito emenagogo e abortivo, além da ação estimulante do útero associada ao seu principal constituinte volátil tuiona. Na hipersensibilidade alérgica, uma vez que pode desenvolver eritemas com seu uso interno e externo e sensibilidade cruzada com o pólen da camomila. Evitar o uso em pessoas com alergia a avelã. Evitar o uso em pacientes com refluxo.

Família: Asteraceae (Compositae)
Nome Científico: Artemisia verlotorum Lam.