Árvore de 10 a 20 m de altura, geralmente 10 m; casca pouco espessa, cinzento-escura ou castanho-avermelhada, rugosa, fendida; folhas aglomeradas no ápice dos ramos alternas, longamente pecioladas, imparipinadas, até 50 cm de comprimento, pinas geralmente opostas, compostas de 4 a 5 pares de folíolos, curto peciolados, ovados ou lanceolados, acuminados ou oblíquos na base, mais ou menos profundamente lobados ou denteados, glabros nas duas faces, luzidios na superior e verdes na interior; flores pequenas, aromáticas, de corola lilás azulada ou rósea; tubo estaminal violáceo e anteras amarelas, dispostas em amplas panículas axilares; ovário livre, pentacarpelar. Fruto drupa elipsoide, liso, até 2 cm de diâmetro, amarelo quando maduro, de pericarpo pouco carnoso, mole, de cor branca, translúcida, de cheiro desagradável, com 4 sementes. Originária da Índia e cultivada no Brasil.
Parte Usada
Folhas.
Formas Farmacêuticas
Infuso, decocto, tintura ou extrato fluido.
Emprego
Adstringente, estomáquico, febrífugo, anti-histérico, antidiarreico, emenagogo. A casca da raiz é considerada tônica, estimulante e febrífuga. Os frutos são purgativos e anti-helmínticos. O uso interno do fruto é desaconselhado. O infuso de 5 g de folhas ou flores, preparado em 1/2 litro de água fervente, beber de 2 a 3 vezes ao dia para combater vermes e prisão de ventre.
Constituição Química
Mangrovina, substâncias amargas e resinosas, ácido azedaráquico, tanino, saponina, fitosterina, paraesina, ácido cianídrico. E os alcaloides azeridina, margosina e paraisina.
Toxicidade
Os frutos são considerados tóxicos e usados como inseticida. A casca tem um princípio irritante sobre a mucosa gastrintestinal. O quadro tóxico começa com náuseas, vômitos, cólicas e diarreia, podendo evoluir para distúrbios hidroeletrolíticos.
Família: Meliaceae
Nome Científico: Melia azedarach L.
Sinonímia Vulgar: Santa-bárbara, jasmim-de-soldado.
Sinonímia Científica: Melia azedarach Blanco; Melia angustifolia Schem.; Melia sempervirens Sw.
Ref. Tratado Plantas Medicinais