Muito comum na Região Sudeste brasileira e na Bahia, principalmente nas capoeiras e orlas de matas, em terrenos úmidos. É um arbusto escandente, de caule bastante ramificado, suberoso e brancacento, estriado quando novo e cilíndrico quando velho. Folhas simples, alternas, ovais, oblongas ou lanceoladas, agudas, acuminadas no ápice e obtusas na base, crenadas, de 4 a 6 cm de comprimento e
de 2 a 3 cm de largura. As folhas são ainda coriáceas, curto-pecioladas e penadas. Estípulas pequenas, escamiformes e fugazes. Inflorescência axilar, em cachos ou fascículos de 3 a 10 flores. Brácteas pequenas. Flores esbranquiçadas, amarelas, vermelhas ou róseo-pardas, calcaradas e com cerca de 1 a 2 cm de comprimento. Cálice com sépalas atenuadas, lanceoladas e os 2 intermédios são um pouco maiores. Corola pentâmera, sendo 4 posteriores e horizontais e a anterior calcarada. Androceu com estames providos de anteras ovais e com apêndice curto. Gineceu com ovário oval, ereto; estilete excedente às anteras. Fruto cápsula com sementes aladas.
Partes Usadas
Caules ou raízes.
Formas Farmacêuticas
Extrato fluido, xarope, decocto, tintura ou infuso.
Emprego
Depurativo. Foi citado também como sialogogo, descongestionante dos vasos urogenitais e hemorroidários, e como antissifilítico, usado também no tratamento das moléstias da pele. Mesmo provocando a salivação em excesso, é bem tolerado pela mucosa estomacal, o que permite o seu uso prolongado, pois seus efeitos curativos são lentos, porém eficazes. Infuso ou decocto a 1%, de 2 a 3xícaras ao dia; extrato fluido, 1 a 2 ml ao dia.
Constituição Química
Um glicosídeo (anchietina), amido, matérias resinosas e pécticas.
Toxicidade
Em doses elevadas é drástico e emeto-catártico.
Família: Violaceae
Nome Científico: Anchietea pyrifolia (Mart.) G. Don.
Sinonímia Vulgar: Suma, paraguaia, piraguais, mercúrio-vegetal.
Sinonímia Científica: Noisettia pyrifolia Mart.; Anchietea salutaris St. Hil.; Anchietea pyrifolia A. St. Hil.; Anchietea pyrifolia G. Don.; Viola suma Vell.
