Dente-de-leão


Família
Asteraceae (Compositae)
Nome Científico
Taraxacum officinale Weber
Sinonímia Vulgar
Taraxaco, amor-de-homem, amorosa, alface-de-cão,
chicória-silvestre.
Sinonímia Científica
Taraxacum officinale (L.) Weber; Taraxacum officinale F. H.
Wigg; Leontodon taraxacum L.; Taraxacum retroflexum Lindb. F.;
Taraxacum aureum Fisch.; Taraxacum wallichii DC.; Taraxacum
vulgare (Lam.) Shrank

ENTE-DE-LEÃO

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Descrição Raiz mais ou menos grossa que, quando cortada, expulsa leite não
tóxico; do seu extremo superior (caule) brotam as folhas. O caule é tão curto que
parece que a planta não o possui, salvo quando floresce (escapo, que sustenta a
inflorescência). Folhas radicais oblongas ou lanceoladas, glabras, dispostas em
roseta, atenuadas no pecíolo, polimorfas, raras vezes sinuada-denteadas ou quase
inteiras, geralmente pinatífidas, lobos desiguais, triangulares ou oblongos, agudos,
incisados ou denteado-acuminados, sendo o terminal mais amplo (folha runcinada).
Capítulos grandes, solitários no ápice dos escapos, com muitas flores. Os capítulos
são glabros, com as brácteas externas voltadas para baixo (brácteas exteriores
reflexas). Flores liguladas, amarelo-ouro, aquênio oblongo-fusiforme, atenuado na
extremidade, estriado e com dentes no ápice, terminando com papilas de pelos
brancos, sedosos, radiados, formando uma esfera branca que o vento dissemina
com facilidade.
Partes Usadas Rizomas, raízes ou folhas.
Formas Farmacêuticas Infuso, decocto, tintura, extrato fluido, alcoolatura ou salada.
Emprego Amargo, colagogo, diurético, contra nefrite, cistite, hidropsia. É fonte
de potássio para o organismo, estimulando a função renal; o aumento da diurese
é devido aos flavonoides. O alto teor de potássio assegura um maior controle
de esfoliação das vias urinárias. Os terpenos em sinergismo com as lactonas são
responsáveis pela ação colagoga, favorecendo a eliminação via biliar de vários
catabólicos. Pode ser usado na forma de infuso ou decocto, 2 a 8 g da raiz seca,
tomar 3 vezes ao dia antes das refeições. Folha seca, de 4 a 10 g. Extrato líquido 1: 1
em álcool a 25%, 4 a 8 ml correspondem de a 1 ou 2 colheres (de chá) três vezes ao
dia. Decocto, 2 a 3 colheres (de chá) em 200 ml de água, ferver de 10 a 15 minutos
e tomar de 2 a 3 vezes ao dia.

Constituição Química Ácidos (cafeico, para-hidroxi-fenil-acético, clorogênico,
linoleico, linolênico, oleico e palmítico), minerais (297 mg de potássio em 100 g de
folha); resina: complexo amargo, chamado taraxicina; alcaloide: taraxina; lactona
sesquiterpênica, taraxecina.
Interações Medicamentosas e Associações Pode potencializar atividades de
outros diuréticos e também de cardiotônicos. Pode ser associada ao mil-em-rama
(Achillea milefolium) no caso de retenção de líquidos. Para evitar a hiperacidez
gástrica, associar ao malvavisco. O aumento de excreção do sódio pode piorar a
toxicidade do lítio.
Contraindicação Na obstrução das vias biliares e íleo paralítico. No câncer do
ducto biliar ou pancreático. Pedras e inflamação da vesícula. Inflamação estomacal,
úlceras duodenais e estomacais. Obstrução intestinal, devido ao seu efeito laxativo.
Hepatite e cirrose. Câncer no fígado.
Toxicidade Para o uso interno, não foi observada nas doses usuais. O látex pode
causar dermatites de contato devido à presença das lactonas sesquiterpênicas.
Seu uso interno, devido a seu conteúdo em substâncias amargas, pode causar
moléstias gástricas com hiperacidez.
Ref. Tratado Plantas Medicinais