Erva-cidreira-verdadeira


Família
Lamiaceae (Labiatae)
Nome Científico
Melissa officinalis L.
Sinonímia Vulgar
Melissa, erva-cidreira, cidreira.

RVA-CIDREIRA-VERDADEIRA

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Descrição Planta vivaz, ramificada, com ramos aéreos quadrangulares e vilosos.
Folhas opostas, simples, inteiras, pecioladas, ovais, crenado-lobada nos bordos,
arredondadas na base, ligeiramente arredondadas no ápice, de 7 a 8 cm de
comprimento por 4 a 5 de largura, vilosas e coloridas de verde-claro, de aspecto bem
característico, proveniente das saliências do limbo entre nervuras anastomosadas.
Flores pequenas, inicialmente amareladas, depois, vermelhas violáceas, surgindo
nos meses de junho e julho. Inflorescência em cimos axilares, na extremidade dos
ramos, mais curtas do que as folhas, porém semelhantes às de outras espécies
das Labiadas. Multiplica-se por sementes ou desdobramento de touceiras em
solo úmido e rico.
Partes Usadas Planta florida ou folhas.
Formas Farmacêuticas Infuso, decocto, tintura ou extrato fluido.
Emprego Carminativo, estimulante, tônico, sedativo, anti-histérico. O decocto
das folhas é usado como calmante, antiespasmódico, indicado na halitose, nas
disenterias sanguinolentas, nas febres e resfriados. No caso do infuso ou decocto,
tomar 2 colheres das de café de folhas por xícara e ingerir de 2 a 4 xícaras ao dia.
No caso do extrato-fluido em álcool a 45%, tomar 2 a 4 ml.
Constituição Química Ácido rosmarínico, cafeico, clorogênico. Ácidos triterpênicos:
ácido ursólico, oleanólico; sesquiterpêncos, entre eles o cariofileno; taninos,
glicosídeos flavônicos, matérias resinosas, álcoois: citronelol, linalol, geraniol, óleo
essencial: aldeídos insaturados, citral, citronelal.
Interações Medicamentosas e Associações O efeito sedativo potencializa os
hipnóticos (pentobarbital) e as drogas depressoras. Pode interagir com hormônios
tireoideanos (ligar-se à tirotropina). Pode ser adicionado à camomila e ao lúpulo,
em caso de distúrbios digestivos, e combinado com a alfazema contra o estresse
e tensão nervosa.

Contraindicação Evitar o uso no caso de hipersensibilidade, na gravidez, devido ao
efeito emenagogo, na baixa atividade da tireoide, devido ao efeito antitirotrópico
e bloqueio da conversão da tiroxina em T3 pelas células do fígado. É indicado para
hipertiroidismo apenas sob supervisão médica. No glaucoma, devido à habilidade
do citral, seu principal componente volátil, de aumentar a pressão ocular em doses
muito pequenas de 2-5 mcg. Na hiperplasia prostática, pela influência estimulante
nos receptores de estrogênio.
Toxicidade A essência pode causar diminuição da pulsação. É seguro usá-lo como
tempero, óleo e óleo-resina. Não usar por mais de 2 semanas.
Ref. Tratado Plantas Medicinais