Família
Amarantaceae (antiga Chenopodiaceae)
Nome Científico
Chenopodium ambrosioides L. var. Sancta Maria Vell.
Sinonímia Vulgar
Mastruço, erva-das-lombrigas, chá-dos-jesuítas, erva-
formigueira, erva-de-bicho, matruz, mentruço, mentruz,
quenopódio, ambrósia, ambrisia, canudo.
Sinonímia Científica
Ambrina ambrosioides Sapch.; Ambrina parvula Phil.; Ambrina
spathulata Moq.; Atriplex ambrosioides Crantz; Blitum
ambrosioides (L.) Beck; Chenopodium ambrosioides Descourt.;
Chenopodium ambrosioides Bert ex Steud; Chenopodium
ambrosioides Hance; Chenopodium anthelminticum L.;
Chenopodium suffruticosum Willd.; Chenopodium integrifolium
Vorosch; Chenopodium abovatum Moq.; Chenopodium
spathulatum Sieber
RVA-DE-SANTA-MARIA
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Descrição Encontrada no Brasil e em toda a América Tropical, hoje é aclimatada
em grande parte do globo terrestre. Planta anual, variando de 1 a 2 m de altura ora
piramidal ramosa, ora profundamente ramificada, ereta ou ascendente, com ramos
angulosos, lisos ou pubescentes e até hirsutos. Folhas do eixo principal, oblongas
e lanceoladas, atenuadas no pecíolo, alternas, de pecíolos curtos, acuminadas,
crenadas, denteadas, sinuadas ou cortadas, raramente inteiras e pubescentes,
glabras ou um tanto hirsutas na face dorsal. As folhas superiores são menores,
denteadas ou inteiras, atenuadas para o ápice para a base. Inflorescência congesta,
quase sempre densa, simulando espigas interrompidas, com flores femininas
e masculinas dispostas lateralmente, e as andróginas na parte terminal, verdes,
apétalas, pentâmeras, regulares e pequenas. Folhas florais persistentes. Perigônio
com 5 divisões ovais e obovais ou redondas. Androceu com 4 a 5 estames, quase
livre ou ligeiramente ligado. Gineceu com 3 a 4 estigmas alongados. Sementes
com albúmem. O vegetal se desenvolve muito melhor, quando se acha exposto
direto aos raios solares.
Partes Usadas Folhas e sementes.
Formas Farmacêuticas Infuso, decocto, extrato fluido, tintura, pílulas e balas.
Emprego Seu principal emprego é como anti-helmíntico, mas é também aromático,
emenagogo, estimulante, sendo aconselhado nas moléstias das vias respiratórias.
Combate eficazmente os Ascaris, os Oxyurus etc. Por causa do cheiro ativo que
desprende, serve para afugentar alguns insetos. Vulnerária e usada nos reumatismos.
Deve ser usado a 5% e tomado de 50 a 200 ml ao dia sob a forma de decocto,
seguido de algumas colheres de óleo de rícino, para que os vermes desçam pelo
intestino. O extrato fluido pode ser usado de 2 a 10 ml ao dia.
Constituição Química Óleo essencial constituído principalmente de ascaridiol, (em
maior concentração nas sementes), cineol; cimeno; e, ainda, salicilato de metila,
cânfora, quenopodina, histamina, limoneno. Ácidos butírico e salicílico.
Contraindicação Na gravidez, o óleo da semente é contraindicado, devido aos
efeitos emenagogo e abortivo. Doenças estomacais e intestinais, por causa do
efeito irritante do óleo da semente no aparelho digestivo. Uso repetitivo de mais
de 1 a 3 ml no período de 1 semana deve ser evitado. O óleo da semente puro,
em pessoas subnutridas, debilitadas e crianças muito pequenas, é contraindicado,
devido a seu potencial tóxico. Nas doenças renais, deve ser evitado o óleo da
semente, por causa de seu efeito tóxico para os rins. Náuseas, vômitos, depressão do
sistema nervoso central, lesões hepáticas e renais, convulsões, coma e insuficiência
cárdio-respiratória.
Toxicidade Não recomendada para mulheres grávidas, pois é abortiva. Lactantes
e crianças menores de 2 anos. Náuseas, vômitos, depressão do sistema nervoso
central, lesões hepáticas e renais, coma e insuficiência cárdio-respiratória. A planta
fresca pode provocar dermatite de contato.
Ref. Tratado Plantas Medicinais