Família
Myrtaceae
Nome Científico
Eucalyptus globulus Labill.
Sinonímia Vulgar
Calipte, eucalipto-canela.
UCALIPTO
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Descrição Árvore de grande comprimento e diâmetro, quando cultivada em
condições favoráveis. As camadas externas do córtex destacam-se anualmente. Folhas
persistentes, dimorfas; no vegetal novo são opostas, dispostas horizontalmente,
sésseis, ovais, cordiformes na base, obtusas no ápice, inteiras, coloridas, verde-
azuladas, recobertas de uma penugem esbranquiçadas. Quando adultas, são
coriáceas e adquirem uma coloração amarelada na parte mais velha da árvore,
dispostas com aparência completamente diferente; alternas, falciformes, lanceoladas,
em posição vertical ou obliqua, alcançando os ramos; expondo-se ao vento
como as folhas de choupo. Esta disposição é que dá às florestas de eucalipto
um aspecto particular dos mais estranhos. A luz passa em tamanha quantidade
através das folhagens que se pode dizer que existe floresta sem sombra. Folhas
coriáceas, rígidas, com grande número de pontuações translúcidas produzidas
pelas glândulas secretoras de essência. Flores brancas, solitárias ou agrupadas 2
a 2, ou 3 a 3 na axila das folhas, andróginas, regulares, receptáculo muito côncavo,
quadrangular, espesso, lignificado e munido de arestas irregulares. É recoberto
de penugem branca, muito aderente. Seu bordo superior contém 4 dentes e
1 cálice muito reduzido, sobreposto de uma cobertura cônica rugosa, espessa,
representando uma corola com pétalas unidas e cobertas igualmente de uma
penugem esbranquiçada. Estames numerosos, reunidos em um tubo muito curto,
espesso, duro, amarronzado, de onde saem filetes estaminais filiformes, muito
delgados, encurvados no botão, mais longos do que a corola, estendidos após o
desabrochamento da flor e amarelos. Ovário ínfero, quadrilocular, multiovulado,
estilete curto, cilíndrico, com estigma pouco acentuado. O fruto representa uma
pequena urna, globuloso, quase lignificado, sobreposto por um estilete persistente,
sementes pretas, pequenas, angulosas e irregularmente comprimidas.
Parte Usada Folhas adultas.
Formas Farmacêuticas Infuso, decocto, tintura ou extrato fluido.
Emprego Antisséptico, balsâmico, estomacal, febrífugo. Usado em inalação para
sinusite, gripes, tosse, bronquite e em dores de garganta. O infuso ou decocto é
usado a 2,5%, tomando-se de 2 a 3 xícaras ao dia; o extrato fluido, de 1 a 5 ml ao
dia; e, em inalações, 0,1 g por dose do óleo essencial.
Constituição Química Tanino, essência, constituída principalmente pelo eucaliptol
(cineol ou cajeputol) acompanhado de pineno, canfeno, fencheno, eudesmol,
substâncias aldeídicas, resina, princípio amargo.
Interações Medicamentosas e Associações Pode interferir em terapias
hipoglicemiantes. Quando aplicado à pele como loção contendo 5-fluor-uracila,
ele aumenta a absorção dessa droga. Diminui ou enfraquece os efeitos de outras
drogas, devido à alteração de enzimas metabolizantes.
Contraindicação Folha e óleo contraindicados em obstrução ou inflamação do
ducto biliar, na inflamação gastrintestinal e doenças do fígado. Crianças com
menos de 2 anos não devem fazer inalação ou uso oral do óleo essencial ou tópico,
na face ou em volta do nariz, devido ao risco potencial de espasmos de glote ou
brônquicos.
Toxicidade Cianose, delírio, fraqueza muscular, miose, náuseas, podendo ocorrer
reações gastrintestinais, respiratórias e do sistema nervoso central, até mesmo
com o uso de pequenas doses. Topicamente o óleo não é tóxico, sensibilizante ou
fototóxico. Porém o óleo puro não deve ser ingerido, a menos que seja devidamente
diluído. Dose de 3,5 ml revelou ser fatal. Não usar na face das crianças.
Ref. Tratado Plantas Medicinais