Gengibre


Família
Zingiberaceae
Nome Científico
Zingiber officinale Roscoe
Sinonímia Vulgar
Cerveja-do-campo.
Sinonímia Científica
Amomun zingiber L.; Curcuma longifolia Wall.; Zingiber
aromaticum Noronha; Zingiber majus Rumphius; Zingiber
missionis Wall; Zingiber sichuanense Z. Y. Zhu et al.; Zingiber
zingiber H. Karst

ENGIBRE

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Descrição Planta originária da China, Índia e Malásia, com porte de uma roseira,
rizoma bianual, tuberoso, ramificações eretas, anuais de até 1,5 m de altura.
Folhas alternas, invaginantes, estreitas, lanceoladas, lineares, agudas, inteiras e
nervura mediana brancacenta, lígula obtusa e membranosa. Flores dispostas em
ramificações especiais, muito mais curtas do que os ramos foliares, e munidas de
brácteas obtusas, alongadas, em espigas densas, cada uma localizada na axila
de uma grande bráctea côncava, arredondada, estriada de amarelo-esverdeado.
Cálice gamossépalo, verde-amarelado, fendido de um lado, tridentado; corolas
amareladas, estriadas de cor púrpuro-violáceo, com 3 divisões iguais e agudas.
3 estames, sendo 2 estéreis e um fértil que se acha sobre um filete curto e com
antera de 2 lojas separadas pelo sulco, atravessado pelo estilete. Ovário ínfero,
com 3 lojas multiovuladas. Estilete simples e estigma franzido. Odor agradável,
aromático, sabor quente e picante. Multiplica-se por fragmentação dos rizomas
logo que as folhas secam. Prefere climas quentes com solos ricos em matéria
orgânica, e bem drenados.
Partes Usadas Rizomas, raízes ou folhas.
Formas Farmacêuticas Infuso, decocto, tintura, alcoolato, extrato fluido, pó,
fragmentos dessecados salgados ou doces (pérolas).
Emprego Excitante, estomacal, carminativo, contra rouquidões e tosse. Os rizomas,
as raízes e as folhas, sob a forma de infuso, decocto ou ao natural, são usadas
na gripe Pode ser usado para evitar náuseas devidas ao uso de quimioterápicos,
gravidez e náusea por movimento. Infuso ou decocto a 1%, tomar de 1 a 2 xícaras
ao dia; extrato fluido, de 1 a 2 ml ao dia.

Constituição Química Óleos essências citral, cineol, canfeno, felandreno, borneol,
sesquiterpenos (zingibereno e bisaboleno), além de um óleo resina, rico em
zingeróis, que lhe confere o sabor picante. Açúcares e vitaminas do complexo B, e
C. Amido, resina e mucilagem.
Interações Medicamentosas e Associações 1 g do gengibre em pó reduziu
náusea por diversos anestésicos, dado antes da cirurgia. Pode aumentar o efeito
de varfarina ou outros anti-hemaglutinantes em doses maiores de 4 g diárias. O
gengibre estimula a produção de ácido clorídrico estomacal, podendo comprometer
a ação de medicamentos contendo sucralfato, ranitidina, ou lansoprasol. Pode
interferir, em doses elevadas, com medicamentos que alterem a contração cardíaca,
incluindo os beta-bloqueadores, digoxina, e outros medicamentos para o coração.
Contraindicação No caso de cálculos biliares, a droga só deve ser empregada
com orientação médica. Na gravidez, devido ao efeito emenagogo e abortivo,
embora, no inicio da gravidez em doses de 250 mg 4 vezes ao dia, do rizoma em
pó, reduziu a severidade da náusea e vômitos. Doses elevadas antes de cirurgia,
para evitar risco de hemorragia.
Toxicidade Em doses terapêuticas não apresenta toxicidade, no entanto, pode
causar dermatite de contato. Aumento de hemorragia, se a dose for superior a 5
g ao dia. É seguro usá-lo como tempero, óleo, extrato e óleo-resina.
Ref. Tratado Plantas Medicinais